Reflexões Diárias – Fevereiro





01 – Quando estamos namorando (ou noivos) nos encontramos tão apaixonados que enxergamos somente os pontos fortes e positivos da pessoa desejada. Esta é quase perfeita. Depois do casamento, porém, quando passamos a conhecer mais intimamente um ao outro, quando a novidade do casamento já tem passado, e toda a ânsia se esfriado, então começamos reciprocamente a enxergar os pontos fracos, a notar as deficiências. Esquecemos-nos que aquela pessoa, que agora, de quando em vez, nos irrita, nos desrespeita, nos decepciona, nos faz sofrer, e que até desejamos ficar distantes nesses momentos, é a mesma pessoa por quem outrora sofríamos se não estivéssemos grudados nela, a qual tudo faríamos, e fizemos, só para estar sempre ao seu lado. Existe, portanto, uma trágica diferença entre uma paixão qualquer e o verdadeiro amor. A paixão é carnal, é enganadora, é doentia. Mas o amor tudo suporta, tudo perdoa, tudo crê, não é ciumento, não se ensoberbece, não se comporta com leviandade. Amar é um mandamento divino e a paixão é um engano do coração. “Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?”.

02 – Ao contrário do que muita gente pensa, a humildade ajuda as pessoas a terem consciência da própria capacidade, seja esta atual ou a ser desenvolvida. Ser humilde não é simplesmente deixar de ser arrogante, porque isso é entender os outros e ter autocontrole; não é achar que grandes pretensões são ilusões, porque capacidade de conseguir o que desejamos, com ajuda de Deus, todos nós temos; não é fazer somente aquilo que lhe é mandado, isso seria falta de iniciativa; não é viver limitado, pensando que nada lhe é permitido, porque isso é falta de uma visão ampliada, é desconhecimento dos direitos; não é viver maltrapilho, ou desleixado, isso seria negligência e baixa autoestima. Ser humilde é muito mais profundo do que a simples aparência. Humildade não quer dizer que somos fracos ou incapazes, mas significa poder controlado, denota energia disciplinada. Ser humilde é ser simples e modesto, mas não uma falsa modéstia. A pessoa humilde deve ser respeitosa, e jamais desrespeitada; deve ser submissa, mas não subserviente. “... Sede todos sujeitos uns aos outros, e revesti-vos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes”.

03 – Sem generalizar, porque ainda existem muitas ovelhas em meio aos lobos, mas os religiosos são como os torcedores de futebol. Estes escolhem um time para torcer e pronto. Por questão de honra, não há quem os convença de que o time que eles torcem não é o que deveriam. Esses torcedores, quando fanáticos, fazem qualquer coisa pelo clube preferido, pelo “time do coração”. Eles são capazes de tirar a vida de seus semelhantes só para resguardar a honra de seus times. Temos acompanhado pelos noticiários internacionais esse tipo de tragédia. Os religiosos não são diferentes. Por toda a história da humanidade, eles têm cometido barbaridades em nome de suas convicções. A história ainda não está concluída, nem as ações desses farsantes. Eles continuam praticando crueldades, e continuam gananciosos como sempre. Em épocas distintas surgem religiosos diferentes, mas com a mesma gana, os quais utilizam técnicas ainda não repudiadas de opressão do povo leigo. Supostos cristãos fazem em nome de Jesus o que Cristo jamais faria. Aliás, foram os religiosos gananciosos e invejosos que entregaram o Messias (o Cristo) aos romanos, e exigiram a Sua crucificação. “... Os principais dos sacerdotes e os servos, clamaram, dizendo: Crucifica-o, crucifica-o”.

04 – É necessário ter um encontro verdadeiro com Cristo e não com uma religião. Quando temos um encontro com Deus, tudo muda. É impossível encontrar-se com Jesus e continuar sendo a mesma pessoa. Quando acontece esse encontro, reconhecemos a nossa pequenez diante da glória de Deus. Nesse encontro, identificamos quem realmente nós somos, a nossa consciência é tocada pelo Espírito Santo para que reconheçamos que somos pecadores perdidos e necessitados de perdão. Não se trata de acusação, porque isso quem faz é o diabo. O Senhor apenas toca em nossas mentes para que reconheçamos nossas falhas, a fim de que tenhamos como propósito servi-Lo com fidelidade a partir de então. Fidelidade não quer dizer que tenhamos que fazer o que não podemos, mas significa que tudo que fizermos de agora em diante seja da aprovação divina. Portanto, insistimos que precisamos de um encontro com Deus e não com uma religião. Jesus liberta o homem para servi-Lo com liberdade, mas os religiosos colocam sobre os homens cargas insuportáveis. “Pois atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos homens; eles, porém, nem com o dedo querem movê-los”.

05 – A guerra religiosa é uma das desavenças mais absurdas que os homens podem cometer. Semelhante tolice comete quem, num país como o nosso, que há uma relativa liberdade religiosa, cultiva inimizade com o seu próximo por conta de opções sectárias. O povo de Deus é único. Quando Jesus voltar, Ele não escolherá os irmãos de igrejas “x”, “y”, ou “z”, mas virá buscar a Sua igreja. E a igreja do Senhor não é um grupo de pessoas que pensa ser correto, que será salvo por seus próprios méritos, mas são as pessoas que confiam no Senhor, que sabem que por si mesmas não têm condição alguma de chegar à presença de Deus, que, com a ajuda do Consolador, procuram seguir os ensinamentos de Cristo, manter a pureza de caráter, viver de forma imaculada, viver como perfeitos - os cristãos, apesar de imperfeitos, são vistos por Deus em perfeição, porque Ele os enxerga através de Cristo, que é perfeito. Cristo não veio fundar nenhuma religião. Por isso não existe religião verdadeira. Aliás, Tiago disse em sua epístola que “A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo”.

06 – Quando dizemos que Deus deve estar em primeiro lugar em nossas vidas, não queremos dizer que devemos abandonar nossas famílias e sair mundo afora fazendo trabalhos eclesiásticos. Dar primazia a Deus não quer dizer que devemos viver na igreja, porque esta, na ordem de prioridades, vem depois da família e dos trabalhos realizados para sustento desta. Podemos adorar a Deus em qualquer lugar, não precisamos estar na igreja para isso. Jesus disse à mulher samaritana que convém que adoremos a Deus em espírito e em verdade; não precisamos estar num monte, como ela cria, nem em lugares determinados pelo homem, como alguns acreditam. Se não tivermos esse entendimento de modo correto e coerente, poderemos prejudicar a nós mesmos e as pessoas a quem amamos. Neste momento, por exemplo, estamos colocando Deus em primeiro lugar, simplesmente por lembrarmos que Ele existe. Cuidar dos membros de nossas famílias é uma forma de glorificar a Deus. Se não ensinarmos nossos filhos, o mundo vai ensinar do jeito dele. Portanto, a prioridade é Deus, a família vem depois, e depois, a igreja. “Mas, se alguém não tem cuidado dos seus, e principalmente dos da sua família, negou a fé, e é pior do que o infiel”.

07 – Não use a certidão de casamento como pretexto para relaxar a sua aparência. O seu cônjuge não casou com uma pessoa relaxada, que vive de qualquer maneira. Ele escolheu alguém que procurava manter-se bem apresentável, e é assim que ambos devem se manter por todo o longo período do matrimônio. Do contrário, esta relação estará em risco de não ser tão longa assim. Que a falta de zelo com o corpo (o desleixo com o templo do Espírito Santo) não seja motivo de desentendimento e separação. Você é orientado a colocar todos os seus problemas diante do Senhor, inclusive esse. O diálogo entre os casais é essencial. Sejam quais forem os problemas e/ou as decepções que estejam enfrentando, ou causando um ao outro, não devem permanecer apenas no mundo das ideias, mas devem ser comunicados com maturidade e benevolência. As observações negativas que afetam a convivência devem ser expostas de forma mútua e cautelosamente. Sejamos sinceros um para com o outro e perante Deus, orem juntos. O diálogo sadio e “sem cera” deve começar no namoro, passar pelo noivado e perdurar por todo o período do casamento. “... O que Deus ajuntou não o separe o homem”.

08 – Uma das características do amor é não procurar seus próprios interesses, mas os da pessoa amada. O que não quer dizer que devamos realizar todos os seus caprichos. Assim, o ideal numa relação conjugal seria estarmos motivados a fazer o outro feliz. Só deveríamos nos unir em matrimônio se tivéssemos condições morais, econômicas, físicas e psicológicas de fazer o outro (e a prole) feliz, e não buscarmos a qualquer custo a nossa própria felicidade. Às vezes queremos encontrar o caminho para uma adaptação conjugal ideal, mas buscamos de modo equivocado. É provável que os padrões e conceitos produzidos em nossa formação - desde a infância, por conta da observação aos pais e a outros casais - estejam incorretos, pois existem maneiras mais correta de agirmos em relação ao nosso cônjuge. Correção essa que deve ser buscada com esmero e dedicação, consoante às informações encontradas nas Escrituras, pois se desejarmos fazer a pessoa amada feliz, e com isso também alcançarmos a felicidade, então devemos buscar orientação com Aquele que nos fez. “... Desde o princípio da criação, Deus os fez macho e fêmea. Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e unir-se-á a sua mulher, e serão os dois uma só carne; e assim já não serão dois, mas uma só carne”.

09 – Foi Deus quem fez o corpo humano. O Criador do universo fez o nosso corpo com as próprias mãos e, depois que a tudo observou, disse que tudo era muito bom. Deus não fez o homem com partes boas e partes ruins. Antes do pecado não havia vergonha. Esta surgiu com o pecado. Da mesma forma, também o sexo, criado por Deus, não deveria ser pecaminoso, mas para o prazer e a procriação responsáveis entre os casais. Foi o diabo quem perverteu o sexo, tornando-o, em alguns casos, pecaminoso. Aquilo que seria usado como um prazer puro e sadio entre homens e mulheres responsáveis diante de Deus, agora, é praticado de modo imprudente, sujo e oprimido. A opressão diabólica é tamanha que muitos já não mais se satisfazem com a forma natural, pois buscam satisfazer suas depravações de modo abominável. “Por isso Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. E, semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro”.

10 – Se “nada trouxemos para este mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele”. Então por que tanta gente compromete a verdade, a dignidade, a própria vida e tudo mais em busca da riqueza? Há pessoas que simulam fazer algo em benefício do próximo, e até usam o nome de Deus, mas a verdade é que seus corações estão cheios de ganâncias. Paulo disse em sua carta a Timóteo que “os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína”. Infelizmente todas estas palavras são verdadeiras, pois conhecemos pessoas que se dizem cristãs, porém suas atitudes egoístas não condizem com suas palavras. Iludem os incautos com ideias e doutrinas bíblicas corrompidas, com o único objetivo do benefício próprio. Pessoas como essas não esperam em Deus, mas põem suas esperanças em suas capacidades de persuasão e na incerteza das riquezas deste mundo, pois se esquecem de que nada poderão levar para o destino eterno. “Se alguém ensina alguma outra doutrina, e se não conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo, e com a doutrina que é segundo a piedade, é soberbo, e nada sabe, mas delira...”.

11 – Uma antiga lei da metafísica diz que se desejarmos mais abundância em nossas vidas devemos criar um vácuo para nos permitir receber o que buscamos. Diz ainda que fazemos sala para mais coisas desejáveis, livrando-nos do que não precisamos mais ou desejando aquilo que precisamos. Outra heresia diz que ficamos grávidos por algum tempo de algo que desejamos ou necessitamos. Na verdade, nossa natureza decaída é incapaz de discernir com precisão aquilo que realmente necessitamos. O homem age em razão de suas necessidades, e normalmente pensa nas que são momentâneas. Precisamos ser mais inteligentes, deixando de pensar com tanta gana nas necessidades atuais, nas coisas desta vida. É por isso que há tantas pessoas inescrupulosas enganando o seu próximo, pois se há quem engane, há também os que se deixam enganar, e isso só acontece devido ao intento do coração. Tanto quem engana como quem é enganado estão buscando a mesma coisa, isto é, querem “se dar bem”, e é isso que facilita as farsas. Devemos dar a devida atenção aos motivos que nos conduzem a Cristo. “Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanece para a vida eterna...”.

12 – Às vezes nos deparamos com situações desagradáveis, que nunca pensaríamos que pudéssemos enfrentar. No entanto, enquanto estivermos aqui, estaremos sujeitos aos sofrimentos e às desilusões. Não importa em que circunstancias nos encontremos, a nossa vida pode ser tão difícil e complicada, ou tão feliz e prazerosa quanto pudermos torná-la, mesmo diante das adversidades. É natural (e até sobrenatural) termos escolhas, o que ocorrerá de agora em diante dependerá em parte da direção que tomarmos. Não devemos necessariamente aceitar que as coisas fluam em nossas vidas por imposição do destino, a menos que estejamos impossibilitados de decidir ou de reagir. No mínimo, temos que tentar impedir que o adversário adentre com facilidade em nossa zona de defesa; devemos manter a guarda alta, a fim de evitarmos os golpes do adversário. É triste, e ao mesmo tempo reconfortante, saber que por mais que tentemos nos impor, por nós mesmos, diante do inimigo feroz, jamais teremos algum êxito. Portanto, faz-se necessário recorrer Àquele que, por natureza, está impossibilitado de sofrer qualquer derrota. “Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós”.

13 – São poucas as pessoas que separam alguns minutos diários para refletir em quantas bênçãos o amoroso Deus tem lhes proporcionado. São raras as pessoas que realmente são gratas a Deus. Como poderemos esperar mais de Deus, se nem ao menos agradecemos por tudo que Ele tem feito por nós? A gratidão é algo que nem todos têm capacidade de expressar, e muitos agem como se Deus fosse seu devedor, como se o Criador tivesse por obrigação ceder aos seus desregrados caprichos. Devemos ser gratos ao Senhor não somente pelas dádivas visíveis que Ele tem nos concedido, como também por aquelas que não conseguimos atentar. Ao acordamos pela manhã, quase atrasados para os compromissos diários, e encontramos o nosso veículo com o pneu vazio, por exemplo, é natural que nesse momento murmuremos. Todavia, por mais difícil que possa parecer, esse é mais um momento de reflexão e gratidão ao Deus onisciente. Isso porque não sabemos o que poderia acontecer se saíssemos no horário previsto, ou como de costume. Portanto, sejamos gratos. “Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco”.

14 – É perfeitamente compreensível que pensemos que amamos demais aos nossos filhos para bater neles. Entretanto, se de fato amamos os nossos filhos, esta é uma justificativa plausível para entendermos que a disciplina precisa ser priorizada, a fim de obtermos uma convivência equilibrada no seio da família e da sociedade. Devemos disciplinar sim, mas isso não significa que bater seja a única maneira de corrigir nossas crianças. O rei Salomão recomenda a “vara” na educação dos filhos, mas vara quer dizer correção. O sábio rei não defendia o espancamento de indefesos, mas a correção; existem muitas formas de orientar uma criança, sem necessariamente ter que espancá-la. Se realmente desejamos que nossos filhos se desenvolvam e tenham uma vida saudável e equilibrada, então devemos desenvolver métodos saudáveis de disciplina, lembrando que elas não são iguais. Assim, para cada criança, deve-se desenvolver um meio diferenciado e adequado de ensiná-la. Não espere que os professores façam isso, porque seus métodos normalmente são coletivos, nem esperem que a vida o faça, pois não é razoável abandonar os filhos ao “Deus dará”. “O que não faz uso da vara odeia seu filho, mas o que o ama, desde cedo o castiga”.

15 – Muitas pessoas duvidam da existência de Deus, e outras declaram abertamente que Ele é fruto da imaginação humana. Talvez seja esse o motivo pelo qual muitas pessoas O buscam onde Ele jamais se manifestará. Enquanto pessoas como essas pensarem assim, tornar-se-á impossível (para elas) conhecer verdadeiramente o onipresente Deus. Por outro lado, se tivermos o ardente desejo de conhecer mais e mais intimamente o Pai celestial, Ele próprio se revelará paciente e admiravelmente nas mínimas coisas. Tentando, por exemplo, entender a sabedoria e a sinceridade das crianças, ou procurando tornar-se como elas, buscando e aceitando a incomparável oferta de Jesus, orando pelos necessitados, e mais que isso, agindo segundo a intuição que Deus coloca em nossos corações, estaremos conectados a Deus, e sem que percebamos, estaremos cumprindo um mandamento divino: a prática do bem; pois quem ajuda ao necessitado, estará ofertando a Jesus, em cumprimento ao que ensinou. Assim Ele revela o episódio de Sua volta, pois dirá aos benditos da direita: “Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes”.

16 – A maioria de nós começa a entender o chamado de Deus ainda na juventude, mas não o atendemos, porque sempre estamos ocupados ouvindo e obedecendo outras prioridades momentâneas. Então, tentamos diferentes maneiras de viver, até que pensamos ter encontrado aquela que parece ideal, que parece ser a verdadeira. Porém, como bem ensina a Bíblia, “há um caminho que ao homem parece direito, mas o fim dele são os caminhos da morte”. Assim, vivendo por nós mesmos, ao longo da vida passamos por diversas desilusões acompanhadas de sofrimento, e concluímos que todas as aventuras vividas fazem parte da grande jornada rumo à maturidade, e nos conformamos. Mas o que não percebemos é que de tantas derrotas e decepções, seguidas de momentos felizes, deixamos de apreciar o verdadeiro sentido da vida, pois vivemos sem objetividade, já que estávamos fora dos propósitos para o qual fomos criados. Teríamos grande sabedoria se aprendêssemos desde cedo a permanecer no centro da vontade do Senhor, mas, como nem sempre é possível, “nunca é tarde para recomeçar”. Portanto, “buscai ao SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto”.

17 – Omitir-se e acovardar-se é muito fácil para quem não quer compromisso com a verdade. Muitas pessoas usam as palavras de Jesus mais para não se comprometer do que para não condenar o próximo. Normalmente elas dizem: “não julgueis, para que não sejais julgados”; e param nesta frase. Não continuam com a citação porque, na verdade, temem a continuação da fala de Jesus: “porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós”. Nós, cristãos, temos um padrão único de medida, a Palavra de Deus. Não nos convém usar pesos e medidas diferentes para pessoas diferentes, embora existam pessoas que pecam por ignorância, por desconhecimento; o que não as torna inocentes, pois o Senhor julgará retamente cada uma delas, pois apenas Ele conhece as razões de cada coração. O fato de sermos mais rigorosos ou mais compassivos não aumenta nem diminui nossas responsabilidades perante Deus. Apesar de os cristãos serem filhos do mesmo Pai, de serem todos irmãos, de um ter por obrigação considerar o outro superior a si mesmo, o Senhor nos autoriza julgar; não condenar nem acusar, mas julgar: “não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça”.

18 – Se você já embarcou numa aventura, mesmo que insignificante, então sabe que é tão excitante quanto qualquer exploração; já deve ter percebido que mesmo que descobrisse a nascente do rio Nilo ou se tivesse catalogado todo o curso do rio Amazonas, nada seria comparado à complexa jornada ao seu interior. Sem considerar a mente, por sua complexidade, mas se você pudesse usar um “nano robô” e, com ajuda de uma microcâmara acoplada nele, visitasse cada milímetro de seu próprio interior, entenderia melhor. Como pode alguém pensar que é sensato existir tamanha complexidade sem a necessidade de um prévio planejamento? Talvez os quase cem bilhões de neurônios das pessoas que pensam assim estejam em conflito. A “teoria da evolução” nada mais é que uma teoria. Não sei como pessoas cultas acreditam que exista alguma comprovação, pois as que existem, na verdade são forjadas. Os adeptos dessa teoria criticam nossa fé, por crermos no Criador de todas as coisas; no entanto, fé insensata é a deles, por crerem que evoluíram de um primata. “Assim como tu não sabes qual o caminho do vento, nem como se formam os ossos no ventre da mulher grávida, assim também não sabes as obras de Deus, que faz todas as coisas”.

19 – Apesar da resistência por parte dos evolucionistas, a ciência já descartou essa teoria. É possível uma adaptação da espécie ao seu habitat natural, mas é improvável sua evolução para uma nova espécie. A Bíblia nos ensina que a carne dos peixes, e dos répteis, e das aves, e a dos homens são diferentes. Se realizarmos um teste de DNA, cada tipo de carne pode ser separado e identificado. Além disso, não há possibilidade de cruzamento entre duas espécies diferentes com a intenção de gerar novas espécies, quando acontece esse cruzamento genético, o ser resultante nasce estéril (exemplo: o burro, cruzamento do jegue com a égua). Recentemente o homem fez acontecer o cruzamento entre um tigre e uma leoa e entre um leão e uma tigresa, e mesmo sendo dois felinos, o resultado desses cruzamentos é a esterilidade, pois o “ligre” e o “tigreão” são estéreis. Portanto, constatamos que a própria natureza não permite o cruzamento entre espécies diferentes, isto é, não é permitido o surgimento de novas espécies que se reproduzam indefinidamente. Chipanzés reproduzem chipanzés, nunca homens. “... e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra”.
   Colaboração de Jefferson Cesar.

20 – Permita que o potente poder da simplicidade comece a trabalhar em sua vida. Como ensinam as autoescolas, “na dúvida não ultrapasse”. Não viva perigosamente, nem sem motivação. Não desperdice tempo nem energia em demasia com coisas passageiras. “Basta a cada dia o seu mal”. Não procure ser quem você não é, mas viva a sua autenticidade. Depois de um desconforto vem o alívio; depois da fadiga vem o repouso e o descanso; a indisposição logo passa e dá lugar à vontade de vencer; os problemas financeiros são superados pela alegria de estar na presença de Deus; o amor e a paciência superam os desafetos; na decepção libere o perdão, pois tudo passa. O nosso alvo não deve ser embaçado por questões passageiras, mas deve estar acima de todas essas coisas. Não há razão para desespero, quando contamos com o amor divino. “Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído, tanto a ter fartura, como a ter fome; tanto a ter abundância, como a padecer necessidade. Posso todas as coisas em Cristo que me fortalece”.

21 – De que vale tantas buscas de irrisória valia, quando o que precisamos é de segurança? Segundo o psicólogo Abraham Maslow, a necessidade de segurança do ser humano segue suas necessidades fisiológicas, depois destas seguem-se a realização pessoal, a estima e o amor/ relacionamento. Lógico que esta sequência não deve ser seguida a risco, uma vez que é possível estar satisfeito com uma necessidade secundária sem que uma prioritária esteja satisfeita. É perfeitamente considerável que o instinto de autopreservação do ser humano o leva a procurar incansavelmente por segurança. O homem quer segurança no emprego, nas vias públicas, ele sonha com segurança enquanto pensa no futuro de seus filhos etc. Tudo isso é saudável e honroso, o problema, porém, é onde e como as pessoas buscam por essa bendita segurança. Só há um que pode nos proporcionar total segurança, tanto nesta vida como na vindoura: o Senhor Jesus. Portanto, antes de pensar que a sua cerca elétrica lhe dá total segurança, antes de se sentir seguro com o seu dinheiro, antes de confiar que os policiais de sua cidade podem lhe proporcionar segurança, entenda algo importante: “se o SENHOR não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela”.

22 – Dizem que devemos contar até dez antes de realizar qualquer ação precipitada, o que evitaria futuros transtornos e, provavelmente, o arrependimento, seguido de amargura, dor, culpa e decepção (não necessariamente nessa ordem). Quando em dúvida, ou submetido a alguma pressão, não digo que contemos até dez, mas que, tomemos uma boa ducha, se possível for, a fim de “esfriar a cabeça”. Esta simples atitude pode acalmar os nossos ânimos, relaxar a mente e o corpo cansados e tensos. Uma vez tranquilizada a nossa alma estressada e abatida, podemos agir de forma mais racional e equilibrada. Tomar banho não se trata apenas da higiene corporal, não faz bem apenas à saúde física. Os banhos são tão necessários à nossa restauração espiritual quanto são a oração e a meditação na Palavra de Deus. Ele contribui para as boas ações, pois tanto as ações como as palavras precisam ser pensadas e repensadas antes de saírem do coração, antes de serem expostas aos nossos interlocutores, pois a precipitação pode ferir de forma irreversível alguém que Deus tanto ama. “Tens visto um homem precipitado no falar? Maior esperança há para um tolo do que para ele”.

23 – Sempre é tempo de acalmar a mente, repensar as atitudes e elevar o coração a Deus. Meditar, refletir, fazer novas descobertas nunca é demais, nem é tempo perdido. Portanto, considere, conceba, crie, concentre-se, e aceite que tudo tem início em seu interior, mas precisamente em sua mente (ou coração). É isso que Tiago ensina quando diz que cada um de nós é tentado, quando atraído e engodado por nossa própria concupiscência; que depois de haver concebido pelo desejo, dar-se-á luz ao pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte. Este é o motivo pelo qual todos nós, sem exceção, precisamos de cura interior. E tal cura não se dá com uma simples oração (embora saibamos que nada é impossível para Deus), muito menos voltando ao passado com práticas de regressões. A cura interior é um processo que pode ser confiado ao Espírito Santo. Como todo processo, essa cura pode demandar um período longo e penoso, pois, a priori, depende do empenho pessoal. Mas, uma coisa é certa: ela é necessária. “E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus”.

24 – Você já parou para pensar onde está o seu coração? Você sabe o que a sua alma deseja? Não é o que temos que define quem somos, embora possa dar uma boa dica do que nos interessa; é o que amamos que expressa inequivocamente a nossa autenticidade, o nosso verdadeiro “eu”. Decisivamente não é fácil ser uma pessoa que vive sempre no centro da vontade de Deus. Somos demasiadamente falhos. Desejamos coisas e até pessoas, e esse desejo nos faz sentir vergonha em estarmos na presença do Senhor. É por isso que dependemos de Sua graça e de Sua misericórdia. Só o Espírito Santo de Deus pode transformar a nossa mente, só Ele pode mudar os nossos desejos, apenas Ele pode substituir os nossos pensamentos impuros por pensamentos aceitáveis, Somente Ele tem poder para transformar a nossa vida e todo o nosso ser. Não tente sozinho. Você não vai conseguir. É preciso viver com sabedoria, dependentes de Deus. “E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-lhe-á dada. Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando; porque o que duvida é semelhante à onda do mar, que é levada pelo vento, e lançada de uma para outra parte”.

25 – A dor poda as emoções não essenciais, como ambições, orgulhos e ilusões. Ela nos ensina lições que, consciente ou inconscientemente, recusamos aprender pelo regozijo. Mas alguém poderia sentir prazer na dor? Não estamos nos referindo aos masoquistas, mas às pessoas de comportamentos normais e morais. É verdade que o próprio Deus veio a este mundo para sofrer em nosso lugar, e realmente sofreu a condenação que não Lhe cabia, nem como homem, muito menos como Deus. Sem recorrer ao que Jesus fez, lembremo-nos de uma personagem escolhida por Cristo para sofrer por Seu evangelho, um vaso escolhido, para levar o nome do Salvador aos ouvidos e aos corações dos gentios, dos reis e dos filhos de Israel. O próprio apóstolo dos gentios narra o quanto sofreu para que a mensagem da cruz chegasse até nós. Entretanto, mesmo com todo aquele sofrimento, mesmo sofrendo injúrias, humilhações e dores, Paulo pôde, com convicção e amor, deixar registrado para a eternidade que nada poderia separá-lo do amor de Deus, e concluiu: “nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor”.

26 – A modéstia é a autoanulação, é viver com moderação e sobriedade. Mas será que a modéstia é uma virtude tão cheia de si, tão endeusada em si mesma, que sequer se distrai com o glamour? João Batista disse, referindo-se a Jesus, “que Ele cresça e eu diminua”. Com estas palavras, demonstrou simplicidade, ao mesmo tempo em que deu a entender que já havia cumprido o seu papel, sentiu que era hora de sair de cena. Paulo proclamou: “agora não mais vivo eu, mas Cristo vive em mim”. Esse enviado do Senhor anulou-se, mas não desistiu de viver, apesar de ter dito: “o morrer é ganho”. Com esta expressão Paulo demonstra certeza da vantagem que teria com o falecimento de seu corpo. No entanto, entendia que ainda teria que viver sem outra pretensão além de tornar o Cristo ressurreto conhecido entre os gentios. Ambos (João Batista e Paulo) tiveram uma vida modesta, e nos ensinam a viver assim. Eles fizeram com que o evangelho do Senhor chegasse até nós, todavia, não o compreendemos. Não vivemos modestamente, mas somos vaidosos e ambiciosos. O verdadeiro evangelho se perdeu com o tempo, são poucos os que o consideram. “... Mas há alguns que vos inquietam e querem transtornar o evangelho de Cristo”.

27 – Quanto mais intimidade com o Criador e com o nosso “eu” interior, uma gradual, mas indubitável transformação exterior irá ocorrer. É impossível ter um encontro real com Cristo, aperceber-se dessa maravilhosa Luz, e não desejar revelá-la ao mundo. Os cristãos autênticos não são acomodados nem sentem vergonha de falar do Salvador do mundo, mas sentem necessidade de apresentá-Lo aos parentes e amigos, e até ao mundo inteiro. A transformação pessoal, o desejo de ajudar a salvar, por intermédio de Cristo, ao maior número possível de pessoas e a busca incessante de intimidade com o Pai podem ser os parâmetros básicos para nos certificarmos se realmente somos salvos. Não existe cristão verdadeiro que não tenha sofrido uma transformação exterior, ocorrida seguidamente à interior. Não é possível ser cristão autêntico e não ter intimidade com o Pai celestial. Qual o bom filho que não ama e não tem intimidade com seu pai? Não há. Da mesma forma, aquele que estava nas trevas e veio para a maravilhosa Luz busca contínua e incessantemente essa intimidade. “Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito”.

28 – Você vive tenso e preocupado, e já nem dorme direito por conta do dinheiro? Acalme-se! Com certeza você não é o único! Para melhorar o seu humor, o bem estar e a qualidade de vida, procure mover o seu pensamento em direção a algo que lhe traga paz e alegria. Substitua os pensamentos que lhe afligem por algo que lhe traga conforto. O dinheiro míngua e flui, vem e vai. Embora tenha o seu grau de importância, não deve ser idolatrado. Se não aprendermos a administrar corretamente as nossas finanças, ficaremos à mercê do dinheiro. E isso não seria nada agradável, porque o dinheiro é um ótimo servo, mas um péssimo patrão. É necessário priorizarmos o que realmente merece ser priorizado. Priorizemos as pessoas, depois as coisas, e entre estas, a cada qual demos o seu devido valor, sem exagero. Jamais nos esqueçamos de que acima de todas as coisas e de todas as criaturas, animadas e inanimadas, devemos priorizar sempre Aquele que criou todas as coisas. Deus é o único que deve ser idolatrado. “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento”.

29 – Confie no seu discernimento. Não permita que o mundo, nem o “tentador”, nem mesmo os desejos do seu coração desviem suas ações daquilo que sugere a sua intuição. Creia que os seus sonhos, cedo ou tarde, podem se tornar realidade. Portanto, estabeleça alvos, alcance primeiro aqueles que estão mais próximos, e prossiga com entusiasmo até o objetivo final. Alguns alvos exigirão mais esforços que outros, devido aos maiores obstáculos e dificuldades peculiares, mas não desista, alcance e supere a todos, um a um. Nenhum aventureiro chega à meta estabelecida e depois se acomoda, ficando por ali vivendo das lembranças do passado, mas segue perseguindo maiores objetivos. Tenha certeza que você também pode chegar lá, mas é preciso atentar-se a um detalhe significativo: não faça nada sozinho! Você precisa de Alguém que guie os seus passos no reto caminho; caso contrário, você se desviará e porá tudo a perder. Entenda que existe um alvo que jamais poderá ser superado, o qual seria tolice dispensá-lo, esse de fato deve ser o seu objetivo final; referimo-nos à glória de Deus. “Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus”.

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